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Trio Ventura: Aras, Kássio Nunes e André Mendonça podem rejeitar Bolsonaro e se alinhar com Lula.

Trio Ventura: Aras, Kássio Nunes e André Mendonça podem rejeitar Bolsonaro e se alinhar com Lula.


Assim que deixar o Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro corre o risco de perder a ascendência que já ostentava de mais de 20% do Supremo Tribunal Federal, graças às indicações de Kássio Nunes Marques e André Mendonça. Os aliados de Lula veem os ministros dispostos a manter um canal aberto com o próximo governo e esperam que os dois atuem de forma independente em relação aos interesses do capitão, que liderará uma oposição de longa data a partir de 2023. As perspectivas estão ancoradas nos manifestos pós-eleitorais de Nunes Marques e Mendonça. Ambos mantiveram conversas amistosas com Geraldo Alckmin, conhecido por sua passagem por diferentes espectros políticos. Antes disso, eles procuraram os emissários de Lula. Nunes Marques telefonou para um compatriota e amigo pessoal, Wellington Dias, convocado para um alto escalão. “Ele se colocou à disposição para qualquer diálogo”, resume um aliado do ex-governador do Piauí. Mendonça, por sua vez, procurou Paulo Rocha, líder do PT no Senado, para um tête-à-tête, no qual, entre outras coisas, reafirmou sua fé no sistema eleitoral. Além disso, os petistas apontam características do perfil da dupla na aposta de que os dois vão "lutar". Nunes Marques é visto como “pragmático”, inclinado a se alinhar ao Planalto, independentemente de quem o ocupe. Experiente no jogo político, o ministro entende o peso dos gestos para construir influência. O teste foi realizado na atual administração. A fidelidade de Marques a Bolsonaro foi tão grande que o presidente chegou a dizer que "o ajudou muito" no STF. "Eu nem estou dizendo isso, ele sabe o que fazer", brincou ela. Em sintonia, Marques ganhou voz e foi forte o suficiente, por exemplo, para impedir a eleição do desembargador Ney Bello, um de seus carrascos, para o STJ e levar seus aliados à Justiça. Apesar dos louros arrecadados, ele já está confiante nos bastidores que, com a vitória de Lula, poderá mostrar independência no STF. Em tradução livre, o interesse pelo poder tende a fazê-lo abandonar o barco do bolsonarismo e pular para o do PT.
 
Isso não seria uma grande notícia. As raízes de Nunes Marques têm ligação com o PT: ele teve duas candidaturas assinadas por Lula para uma vaga no TRE piauiense. A história lhe rendeu críticas de bolsonaristas, como Olavo de Carvalho e Silas Malafaia, quando de sua nomeação para o STF. A revolta aumentou quando o ministro votou pelo reconhecimento do viés de Sergio Moro e pela anulação das condenações do PT. No entanto, é dito em seu círculo que Nunes Marques jamais teria conseguido sem o sinal verde de Bolsonaro. André Mendonça, no outro extremo, é classificado como um nome "técnico" e "diplomático", justamente por isso o PT exclui o risco de ele atuar como ventríloquo da oposição. Melhor visto no PT de Nunes Marques, o mais recente candidato de Bolsonaro ao STF, mesmo que tenha cedido em alguns momentos ao presidente, tem conseguido prevalecer. A votação para condenar Daniel Silveira costuma ser lembrada como um sinal de que ele não será conduzido pela voz do radicalismo. No STF, a percepção se repete. “Mendonça nunca demonstrou propensão a fazer 'qualquer coisa' por Bolsonaro, como Nunes Marques. Deve manter os votos com ampla base legal, mas com mais imparcialidade”, comenta um interlocutor do STF. capital brasileira 
No Ministério Público o clima é semelhante. Com o trabalho classificado como “excepcional” por Bolsonaro, Augusto Aras já tenta libertar a mão do presidente, a quem protegeu durante todo o governo. Alguns movimentos foram vistos com bons olhos no PT, como a disposição de Aras, após as denúncias, para desobstruir estradas bloqueadas por golpes e sua posição em reiterar, nos bastidores, que "não haverá 6 de janeiro", aludindo à 'invasão . do Capitólio, e que "não haverá golpe de estado".
 
Aras disse aos colegas que terá com Lula a mesma relação que teve com o atual governo, respeitando a lei e, sobretudo, a Constituição. Um aliado aponta que ele continuará "avesso à espetacularização". "Todo mund

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